Número de microusinas de energia no Brasil quase triplica em 2015
Em outubro de 2015, 1125 casas e estabelecimentos tinham micro ou miniusinas de energia eólica ou solar. Em dezembro de 2014, eram 422.
Um peso pesado do orçamento das pessoas e das empresas tem sido a conta de luz. Só em 2015, ela já ficou 50% mais cara. E isso acabou incentivando consumidores a produzir a própria energia.
A arquitetura do restaurante mostrado no vídeo já aproveita bem a luz natural. Além disso, as lâmpadas são de led, mais econômicas que as tradicionais. E o melhor: 70% da energia usada para iluminar o ambiente é produzida lá mesmo. O vídeo mostra a casa de força, para onde vai a energia da estação eólica, movida pelo vento – e ainda tem placas fotovoltaicas, que transformam a luz do sol em eletricidade.
“A gente consegue armazenar em algumas baterias e suportar toda a iluminação do espaço, que já foi adaptada com lâmpadas de led. Isso já gera uma redução no consumo de energia”, afirmou Bruno Guimarães, empresário.
Nos dias em que o restaurante não usa toda a produção da microusina, parte dela é enviada à rede da concessionária de energia de Minas Gerais. É bom para o bolso de quem produz a energia, bom para a natureza, porque não tem impacto ambiental e bom para o sistema de abastecimento de energia elétrica, porque o que sobra lá pode ser aproveitado na rede. É a chamada geração distribuída, de micro e miniusinas, que vem crescendo num ritmo impressionante.
O Luís Felipe calculou: recupera o investimento em seis anos, e a miniusina vai durar 25 anos. Agora, ele só usa energia da concessionária à noite. Toda a eletricidade consumida durante o dia, vem do sol. É tanta energia gerada que dois terços vão para a rede, na rua. A sobra vira crédito que vale por três anos e pode ser abatido em contas de luz de imóveis registrados com o CPF do Luís Felipe. Resultado: na casa onde fica a miniusina e num apartamento, ele só paga a taxa mínima e a taxa de iluminação pública.
“A gente reduz a nossa despesa e ainda pode aproveitar esse valor com outras coisas que a gente gostaria de fazer realmente. O Brasil é um dos países que mais tem sol no mundo. A gente tem que aproveitar esse potencial”, defendeu Luis Felipe Lima, empresário.
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